domingo, 10 de outubro de 2010

Primeiro debate do segundo turno

Terminou há pouco o debate entre os candidatos a presidente na Band.

Não vi debate algum, no sentido estrito da palavra sobre a questão do aborto. E no entanto, há uma falsa polarização da campanha em torno do tema.

Vamos ser francos: milhares de mulheres abortam diariamente e muitas acabam precisando recorrer à rede pública de saúde. O SUS regulamentou o atendimento na gestão de Serra, segundo foi dito por Dilma e por ele confirmado.  Era preciso regulamentar mesmo. A pergunta é: diante de uma mulher que chega com hemorragia ao pronto-socorro, o médico faz o quê: atende-a ou chama o plantão policial para prendê-la?

Afora este dilema, o resto é oportunismo eleitoral. Nao tem ninguem propondo legalizar o aborto. Um projeto tramita há anos e nao será aprovado, se um dia chegar ao plenário da Câmara.

Sendo assim, por que estamos discutindo isso?

TC

2 comentários:

  1. Parece ser conveniente que a campanha política gravite em torno de falsos problemas para que não seja necessário ter que discutir as questões fundamentais como a reforma politica, a reforma tributária, reforma agraria, reforma administrativa, a divida interna, matriz energética e muitas outras coisas urgentes que ficam nas gavetas do Congresso

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  2. isto só está sendo discutido pq os subterraneos da campanha serrista enxovalharam Dilma ao dizer que ela é "favorável a matar criancinhas (aborto), que fechará igrejas e perseguirá padres e pastores, além de obrigar ao casamento gay nas igrejas". Esté é o (baixissimo) nivel da campanha de Serra. Mas quando questionado, nega seu óbvio envolvimento com essa malta torpe que o secunda.
    A campanha de Serra ficará para a História como o mais baixo momento político do Brasil...

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