domingo, 30 de outubro de 2011

Jornalismo e Verdade

Amigos, amigas,

O indice de leitura da nota eplicando minha saida da TV Brasil foi alto, mostram as estatístticas do blogger. Comentários, apenas sete, que valem por sete mil.Destaco apenas o do Marona, porque de certa forma ele foi o profeta de tudo o que está acontecendo.  Ou seja, quero continuar falando de minha saída da EBC/TVBrasil , porque continuam publicando o que lhes interessa, sempre no intuito de me desqualificar. Mas não me desqualicam com uma denuncia de ordem etica ou moral, porque minha integridade está intacta. Não me desqualificam tratando verdadeiramente do que foi feito nestes quatro anos -  não por mim sozinha,  mas sob minha coordenação - porque o saldo é grande e demonstrável. Tentam me desqualificar dizendo que o Governo decidiu me substituir por discordar da gestão ou porque o Conselho Curador não queria minha recondução.

E por que volto a Marona? Porque certa vez, ainda na montagem do jornalismo da TV Brasil, em janeiro de 2008, se não me engano,  a hoje ministra Helena o convidou, com minha anuência e entusiasmo, convidou-o  para ser nosso gerente executivo de jornalismo no Rio.  E antes que o Marona assumisse, Helena demitiu o Luis Lobo, que não era mesmo adequado a seu cargo de apresentador-editor do Reporter Brasil.  E diante do escarcéu da mídia,  o Conselho abriu uma sindicância sobre as razões da demissões, se profissionais ou politicas. Helena demonstrou, com minha ajuda e apoio, que não houve nada de ingerência politica, apenas um ato administrativo dela. Mas deu trabalho, especialmente para a hoje ministra, demonstrar isso.

Por isso Marona escreveu uma carta aberta em seu blog,  endereçada a Tereza e Helena, agradecendo o convite mas recusando o cargo. Não iria trabalhar sob a egide de um Conselho que, nada entendendo de jornalismo, poderia amanha abrir sindicância contra ele. Foi uma pena mas Marona tinha  razão.

Por que recordo isso? Por que é verdade que o Conselho nao queria minha recondução. Não aceito  canga, muito menos ideológica.  O porta-voz em off do Conselho, Diogo Moysés, plantou várias materias dizendo que se eu fosse reconduzida sofreria impeachment. Referia-se à moção de censura, que se bem fundamentacda, na segunda ocorrencia impõe a perda do cargo.

Então, com meu destino selado, eu teria que ser bastante louca e bastante masoquista para pleitear o segundo mandato. Para sair desmoralizada? Devo ser um pouco de cada coisa mas não a este ponto. Quando isso ficou claro,  e somou-se aos meus problemas pessoais, e à objeção determinada de meu filho,  eu disse à presidentas Dilma e à ministra Helena que não poderia ficar de modo algum. 
Foi apenas isso. Mas por que a imprensa não procurou apurar isso? Por que o ex-meu amigo João Domingos, do Estadão, não  procurou saber quem era o candidato do Conselho? E Conselho, que fiscaliza, pode ter candidato? Como iria então fiscalizar?
Por que a repórter Ana Flor não procurou saber as razões do Conselho para nao querer minha permanência? Por que a reporter Ana Flor publica mentiras sem se dar ao menor trabalho de apurar, afirmando que eu trabalhei para ficar? Quem pode provar isso? Ela pode?
Questões do novo jornalismo. Devemos estudá-las.

Obrigada a todos pela força em cada uma das mensagens.
TC

Um comentário:

  1. Em tempos da falta de cuidado com a informação, o que esses repórteres praticam é o nível mais baixo do chamado “jornalismo sentado” (journalism assis) no qual o jornalista trata a informação de forma não convencional – ele é um coletor e formatador de informações que não necessariamente apurou, apenas utilizou as que estavam disponíveis, também de fontes disponíveis. Sabemos que a repórter Ana Flor nunca procurou a assessoria de imprensa da EBC e que a sua matéria é rescaldo das publicadas anteriormente pela Folha, que também desconsideraram ouvir o outro lado. Me perguntava se era implicância ou apenas má vontade em relação ao que EBC e a TV Brasil representam. Na verdade, é o exemplo genuíno do mau jornalismo, que não se presta sequer a fazer o básico: ouvir os diferentes lados ou buscar diferentes versões. A reportagem limita-se a uma fonte e considera a apuração suficiente. Vergonhoso. Você foi vítima do péssimo jornalismo, assim como os leitores deste jornal.

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