quinta-feira, 26 de abril de 2012

Livros, autores e os temas da atualidade

 
A I Bienal Brasil do Livro e da Leitura, ou apenas a Bienal do Livro de Brasília, como ficará conhecida, foi um grande sucesso de público. Não sei se de vendas, mas de participação dos brasilienses, com certeza. Parabéns ao Nilson Rodrigues, idealizador e sonhador deste evento, pelo qual muito batalhou, ao secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, que abraçou e patrocinou o projeto, ao editor Luiz Fernando Emediato, que foi o curador.
Na programação, destaque para o link que se conseguiu criar entre o debate sobre livros e literatura e a discussão de grandes temas nacionais. Eu, particularmente, mediei dois destes debates que foram um sucesso de participação do público. No dia 21, Carlos Heitor Cony e Thiago de Mello deliciaram a platéia, que tinha gente de todas as idades, relatando a resistência dos escritores na ditadura. Cony, que foi preso seis vezes, Thiago, que viveu tantos anos no exílio,  contaram coisas sabidas e outras não, sobre como eles, e outros escritores, poetas e intelectuais, resistiram aos desmandos. Para recordar alguns outros: Antonio Callado, Austregésilo de Athayde, Moacir Felix, Ferreira Gullar, Dalton Trevisan, Sergio Sant Anna, Inácio de Loyola Brandão, Jose Louzeiro,

No mesmo dia mediei o debate sobre as perspectivas de mudanças mundiais na econômica, com Marcio Porchmann, presidente do Ipea, e Luis Nassif. Platéia interessadíssima, nem consegui apresentar todas as perguntas formuladas pelos participantes. Eles querem saber sobre os rumos do Brasil e do mundo, se estamos mesmo bombando ou surfando numa bolha,  quais são as carreiras do futuro, para onde vão os EUA, que futuro tem a Chinca, que futuro tem a paz etc. etc.

Meu amigo Miguel Sousa Tavares,   de Equador e Rio das Flores, fez uma palestra também muito caliente, em que ficou demonstro o carinho dos tantos leitores que ele tem entre nós, fortalecendo a ponte literária Brasil-Portugal.

Muitas outras coisas bombaram mas sobretudo o atacadão do livro, onde não havia quem não saísse com a sacola cheia.


Houve espaço para editoras e escritores locais, na bienal da capital. Exceção sentida, a ausência da Editora Francis,  acredito que por desencontro de informação e não por discriminação, como especulou seu  Publisher, professor Benicio Schmidt.

Daqui a dois anos, muitos aspectos serão aperfeiçoados. Entre eles, o excesso de eventos no mesmo horário, o que  produziu correrias e hesitações na hora de escolher entre um dos auditórios e o café literário.

O saldo, todavia, é imensamente positivo. Valeu mesmo.
TC.

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