quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pela Primeira Vez

 

Foi exibido ontem - quarta-feira, 25 de abril,  no Museu da Republica de Brasilia,  o video-documentário de Ricardo Stuckert sobre a passagem do poder de Lula para Dilma.
A produção, parceria entre a Casablanca e o fotógrafo oficial do Governo Lula,  foi em 3-D, o que deu vida nova a imagens já conhecidas. Elas cobrem apenas cinco fatos: a diplomação de Dilma no TSE, a posse no Congresso e no Palácio, onde houve a transmissão da faixa, a visita de Lula a José Alencar na mesma noite (01/01/2010)  em São Paulo e o comício em São Bernardo do Campo, mais tarde.  Stuckert, um grande fotógrafo, agora ingressou no mundo da imagem animada pela mais nova tecnologia da era digital. A ele deveremos a farta documentação icônica sobre os oito anos da era Lula.
Não gosto dos apagamentos históricos, e não apenas porque fui trotskista na juventude.
Os ministros "faxinados" por Dilma não aparecem no filme. Nem mesmo Pallocci, que foi tão importante na campanha e nos primeiros meses do Governo Dilma.
O presidente do Senado, José Sarney teve a gentileza de acompanhar Lula em sua viagem de retirada do poder. Lula chorou muito, chorou durante quase todo o voô de Brasilia para São Paulo. Não chorava por apego ao poder mas por sentir que estava cumprida a sina fundamental de sua vida. Do pau-de-arara para  História. E teve, alem de dona Marisa, a companhia de Sarney nesta hora especial de sua vida.. Entretanto, corta-se a aparição de Sarney mais de uma vez, embora ele seja visto de relance ao lado de Lula, na beira da cama de Alencar no hospital. Quando entram e descem do avião, entratanto, o corte acontece quando sua imagem se insinua. Esta foi a parte que não gostei no filme de Stuckert. Podem ter havido razões técnicas e não políticas mas fica parecendo que houve apagão de indesejados.
A apresentação foi concorridíssima, reuniu meio mundo do poder, mundo do qual ando distante mas ao qual terei que retornar para trabalhar e ganhar a vida.  Não estive na sala VIP, onde Dilma e Lula conversaram com os mais próximos. Estavam muito bem, ele se recuperando do tratamento, tentando falar pouco, o que para ele, decididamente não é fácil.

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